Hospital Helvio Auto oferece tratamento para pacientes com tuberculose latente

Ana Paula Tenório – Ascom HEHA

O Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), realiza um trabalho voltado ao tratamento de pacientes com tuberculose latente, (quando a pessoa está infectada, mas não apresenta sintomas, devido à boa capacidade do sistema imunológico), em pessoas convivendo com HIV/AIDS, atendidos em seu ambulatório.

Na próxima quarta-feira (24)  é o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose. Ao contrário do que muitos imaginam, a doença não é coisa  do passado. A Organização Mundial de Saúde classificou a tuberculose como enfermidade reemergente desde 1993 e atualmente estima-se que o Brasil apresente 116.000 novos casos ao ano, ocupando a 15ª colocação entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

O tratamento ofertado no Hospital Escola Dr. Helvio Auto funciona como uma forma de prevenção para a doença: “Por indicação do Ministério da Saúde, todo paciente de HIV/AIDS que, por meio de exames, comprovar que tenha tuberculose latente, pode fazer uso de um tipo de antibiótico com acompanhamento médico, com a finalidade de prevenir o desenvolvimento da doença. Funciona como se fosse uma profilaxia para que este paciente não desenvolva os sintomas e nem transmita a doença para outras pessoas”, explicou a coordenadora do Serviço de Assistência Especializada (SAE) do Helvio Auto, enfermeira Lygia Antas.

O Hospital Helvio Auto trata e acompanha ambulatorialmente os pacientes que apresentam tuberculose concomitantemente ao HIV/AIDS. Em Alagoas, atualmente há 338 pessoas em tratamento para tuberculose latente. Em 2019 foram 432 notificações de tuberculose no Hospital Helvio Auto, com 223 novos casos. Em 2020, foram 304 notificações, destas, 167 foram novos casos. Em 2021, de janeiro a fevereiro, o HEHA fez 41 notificações, sendo 24 novos casos.

Os pacientes com HIV/AIDS têm mais riscos em ter tuberculose ativa em decorrência da baixa comum de imunidade causada pelo vírus. Uma das maiores causas de morte em pacientes com HIV/AIDS atualmente ainda é a tuberculose. Pacientes em abandono de tratamento apresentam índices menores de imunidade, o que pode ativar ou reativar a doença se ela estiver latente no organismo, o que torna a  patologia contagiosa.

Os dois tipos principais de tuberculose são a ativa e a latente, e geralmente, atingem os pulmões, embora possam também alcançar outros órgãos. A tuberculose ativa se caracteriza por sintomas como tosse produtiva (com catarro) há mais de quatro semanas, febre nos fins de tarde e aparente perda de peso. Quem apresentar esses sintomas deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para investigar a possibilidade de tuberculose e iniciar o tratamento.