Ana Paula Tenório/Ascom HEHA
O Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), do Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), promoveu ações durante todo o mês em alusão à campanha Setembro Amarelo. Um mural de divulgação e autossuporte com mensagens positivas e encorajadoras foi instalado no hall de entrada da instituição, além da realização de visitas esclarecedoras e de apoio a todos os setores.
Feitas dentro do próprio local de trabalho, as visitas lideradas pela médica do Trabalho e pela equipe do SESMT, com método one to one (um a um), divulgava e encorajava trabalhadores e colegas sobre como agir diante de sua própria dor ou de alguém em sofrimento mental e emocional.
A campanha do Setembro Amarelo surgiu, primeiramente, nos Estados Unidos. Um jovem americano, Mike Emme, que era conhecido por sua personalidade carinhosa e habilidade mecânica, capaz de restaurar sozinho um carro Mustang 68 e pintando-o de amarelo, cometeu suicídio aos 17 anos.
No Brasil, o projeto de conscientização sobre o Setembro Amarelo acontece desde 2014 por iniciativa da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), o CFM (Conselho Federal de Medicina) e o CVV (Centro de Valorização da Vida). De acordo com a OMS, quase 1 bilhão de pessoas vivem com um transtorno mental e esse número só aumenta. Em todo o mundo, são registrados mais de 700 mil suicídios (sem contar os casos subnotificados); Em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia no Brasil, ou seja, 14 mil casos por ano.
“Várias são as causas para os transtornos psíquicos, tais como disfunções hormonais, histórico familiar, eventos estressantes, frustrações, e atualmente nós vimos observando um aumento dos transtornos mentais e comportamentais. Grande parte do aumento dessas doenças se dá também por causa do nível de estresse, por fatores econômicos, etc. e o ambiente de trabalho é um dos lugares que a ansiedade pode se manifestar com mais destaque. Os transtornos de ansiedade, sejam os associados diretamente ao trabalho, ou os de causas individuais, têm grande efeito sobre a vida dos indivíduos e vão afetar diretamente sua vivencia no trabalho e em sociedade”, explicou a médica do Trabalho do HEHA, Lucy Dantas.
Quando o trabalhador está com suas emoções estáveis, irá aplicar todas as suas habilidades e competências de forma produtiva, além de ter a capacidade emocional necessária para suportar as adversidades e situações de estresse que fazem parte do exercício da profissão e do meio onde vive.
Em relação aos colegas, a médica Lucy Dantas ainda indica o que deve ser feito quando notarmos que em nosso ambiente de trabalho alguém demonstra sofrimento emocional: “Este trabalhador deve acolher e não fazer julgamentos das emoções do colega, sugerir a procura de um profissional de Saúde Mental e ficar atento às falas e atitudes deste colega”, enfatizou.
Os eventos realizados no HEHA foram bem recebidos pelas equipes, que se dispuseram a falar e participar das ações. “Tivemos uma receptividade muito boa, os trabalhadores se sentiram bem acolhidos, e dessa forma nos sentimos gratificados de poder contribuir com informações pertinentes ao tema e assim poder ajudar a identificar alguém ou algum colega que esteja em sofrimento mental”, concluiu a médica Lucy Dantas.