Servidores do Hospital Escola Dr. Helvio Auto irão promover uma manifestação na próxima terça-feira, dia 29/10, às 10 horas, em frente ao hospital. O ato pretende chamar a atenção para a falta de profissionais e de condições de trabalho que estão impossibilitando o funcionamento do atendimento de urgência 24 horas da instituição. A manifestação ainda contará com membros da comunidade, representantes de ONGs, além de integrantes de entidades sindicais. A Direção Geral do hospital estará presente para informar à imprensa sobre os problemas que o hospital vem enfrentando com a falta de médicos, o que pode culminar na restrição de atendimento de pacientes a partir do dia 1º de novembro.
Com a aposentadoria de três médicos, e o afastamento de duas residentes em infectologia, o hospital não tem condições de manter o atendimento de urgência 24 horas, que é realizado no Pronto Atendimento da instituição. Como unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), em 2012 o hospital informou à Uncisal o número necessário de profissionais de saúde para manter suas atividades em funcionamento. A Universidade realizou processo seletivo simplificado, mas por falta de inscrições, as vagas para médicos não foram preenchidas.
A partir do dia 1º de novembro, não há como completar a escala de trabalho dos infectologistas e clínicos gerais que atendem na emergência do hospital. O Helvio Auto é o único hospital de referência para o atendimento de doenças infecto-contagiosas de Alagoas, recebendo até pacientes de outros estados e de convênios particulares. A Direção espera que as autoridades competentes possam encontrar uma saída para o problema, caso contrário, o atendimento terá que ser restrito a algumas suspeitas de patologias mais graves, ou por meio de agendamento.
A negociação para contratação de médicos é discutida com a Secretaria de Estado da Saúde e Uncisal desde janeiro de 2013, mas as reuniões não surtiram o resultado esperado. A Direção do Hospital Helvio Auto informou por meio de ofício no último dia 14 de outubro, à Sesau, Uncisal, Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos e Ministério Público Estadual sobre as dificuldades e espera que as medidas necessárias sejam tomadas a tempo para que a população não seja penalizada.