Ana Paula Tenório – Ascom HEHA
O Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), promove rodas de conversa semanais com pacientes e acompanhantes de enfermos da instituição, primando pela universalidade do atendimento prestado ao cidadão. O trabalho segue as orientações da Política Nacional de Humanização (PNH) e já apresenta resultados positivos.
As rodas de conversa têm como intuito direcionar o paciente para melhor acessibilidade das políticas públicas, valorizar o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo-lhe autonomia por meio de uma responsabilidade compartilhada, além de criar vínculos solidários com trabalhadores e gestores no processo de produção de saúde.
No Hospital Escola Dr. Helvio Auto, a Assessoria de Humanização, junto a setores-chave como o Serviço Social, encabeça a organização das rodas de conversa, definindo a temática que melhor se ajuste à necessidade do momento. “Nossas discussões são multiprofissionais. Além dos pacientes e seus familiares, participam assistente social, psicólogo, nutricionista, enfermeira, e outros profissionais, que contribuem com sua expertise para o enriquecimento da temática, aumentando a interação entre equipe, pacientes e familiares, o que se reflete numa melhor relação”, explicou Dayse Beltrão, assessora de Humanização do HEHA.
Os temas são variados, e se adéquam às prioridades do Ministério da Saúde, como também refletem a realidade de um hospital de doenças infectocontagiosas e parasitárias como o HEHA. “Trouxemos uma psicóloga para falar sobre suicídio no mês passado (setembro amarelo), exploramos a temática do “Outubro Rosa”, mês que vem, abordaremos sobre a prevenção do câncer de próstata e doação de sangue, além dos assuntos cotidianos da nossa especificidade hospitalar”, enumerou Dayse Beltrão.
Regras internas, explicações gerais sobre diagnósticos, métodos de prevenção e tratamento de patologias, informações para encaminhamento dentro da Rede SUS em Alagoas, dúvidas ligadas às enfermidades de cada ala, perguntas sobre saúde da família são exemplos de temas levantados pela equipe ou pelos participantes das rodas de conversa.
Pensando numa melhor comodidade e participação, as reuniões acontecem nos corredores de cada unidade de internação para viabilizar a ida de pacientes que podem sair do leito, mas ainda apresentem limitações de locomoção, bem como, facilitar que os acompanhantes dos pacientes acamados que não apresentam risco, também participem, estando mais próximos de seus enfermos.
As reuniões acontecem semanalmente em cada unidade de internação do hospital, o que garante uma abrangência sobre pacientes e familiares, em relação ao tempo médio de internação. Os horários dos encontros são sempre às 14h, quando a intensidade de atividades no hospital diminui e muitas vezes os pacientes e acompanhantes ficavam ociosos. Os encontros também têm modificado o caráter monótono de uma internação, e transforma a estada dos pacientes e familiares com atividades dinâmicas e agradáveis.
“Nós estamos percebendo que a interação entre equipe, pacientes e familiares está bem melhor, pois no espaço da roda de conversa eles podem perguntar e se instruir sobre diferentes assuntos. O feedback está sendo bem positivo, uma vez que a escuta qualificada do usuário é importantíssima para avaliação do nosso próprio trabalho”, concluiu a assessora Dayse Beltrão.