Ana Paula Tenório – Ascom HEHA
A equipe de Fonoaudiologia do Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA) promoveu, hoje pela manhã (26), uma capacitação voltada para enfermeiros, técnicos de enfermagem e nutricionistas, sobre a maneira correta de preparar e administrar líquidos e alimentos aos pacientes para prevenção da disfagia, que é a dificuldade de engolir, característica de algumas enfermidades ou estado temporário do paciente. O evento foi organizado em alusão ao Dia de Atenção à Disfagia, comemorado no último dia 20.
As equipes de enfermagem participaram da capacitação para serem orientadas sobre a importância do momento da administração de líquidos e alimentos aos pacientes, uma vez que, é nesse momento que pode ocorrer um engasgo e por consequência uma broncoaspiração (condição em que alimentos, líquidos, saliva ou vômito são aspirados para as vias aéreas), o que pode causar infecções pulmonares, sendo uma das mais comuns, a pneumonia.
Para garantir uma melhor deglutição dos pacientes, muitas vezes são utilizados espessantes, que são produtos que mudam a consistência dos líquidos que serão ofertados para que se evite o engasgo e a broncoaspiração. “Nós estamos explicando para a equipe de Enfermagem o real sentido de mudar a consistência dos alimentos para evitar os engasgos, uma vez que o paciente pode se engasgar com qualquer líquido de consistência mais aquosa do que espessa. Nesse sentido, alguns espessantes nos ajudam nesse processo sem alterar o sabor do líquido nem do alimento, o que promove uma melhor aceitação dos pacientes”, explicou Mére Lander Lins, fonoaudióloga do Hospital Helvio Auto.
Com o uso do espessante pode-se atingir basicamente três tipos de consistências que ajudam o paciente a deglutir com mais facilidade tanto líquidos quanto alimentos. “Alguns espessantes são à base de goma xantana e outros à base de amido. São três tipos de consistência que a gente usa com o espessante: o néctar que é um líquido mais viscoso; o mel, que é quando o líquido faz um fio gerando uma gota e a consistência de pudim, que é como se fosse um purê. As três consistências serão determinadas pelo estado do paciente, de como está o grau de deglutição dele, por isso existe a necessidade de avaliação prévia da equipe de Fonoaudiologia para decidir a melhor alternativa a ser administrada”, concluiu Vívian Maynart, fonoaudióloga do HEHA.
Nem todo mundo que tem disfagia precisa utilizar o espessante, só por meio de avaliação concisa da equipe de Fonoaudiologia e da condição do quadro e patologia do paciente é que será administrado uma das três formas.
Após a explanação teórica, as fonoaudiólogas prepararam líquidos utilizando o espessante para que a equipe de Enfermagem se familiarizasse com o uso do produto.